sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ser marido é mais do que ter uma mulher...I

               Desde muito jovem, observo que os homens têm a péssima mania de achar que mulher é bicho de estimação. Nunca concordei pois sempre as vi como pessoas totalmente livres e independentes, portanto a relação deve ser tratada de forma igualitária, equilibrada e espontânea. Resolvi falar um pouco de relacionamento pelo viés masculino, de um homem que não se considera "macho alfa", mas homem, que deve ter carinho atenção e respeito pela sua esposa, noiva ou namorada. 

          Minha história começou bem cedo, aos 13 anos conheci minha esposa numa situação muito interessante, eu estudava na mesma sala do irmão dela e ela estudava em outra da mesma escola. Em várias ocasiões este meu amigo me falava de sua irmã, mas eu não dava muita atenção, pois quantas pessoas se ligam em irmãs de amigos? Em um dia 20 de outubro de 1989, houve uma excursão ao Playcenter, um evento espetacular e imperdível para adolescentes da década de 80, pode ser que hoje tenha mudado um pouco, mas naquela época era o máximo! 

              O dia foi muito divertido, andamos o parque todo e brincamos em quase todos os brinquedos que o dia permitia. Quase no final do dia, por conta de uma indisposição (imagine quanta porcaria que se come em um dia desses?), retornei ao ônibus mais ou menos uma hora antes do previsto, me sentei na poltrona que havia usado na vinda e descansei um pouco. Para minha surpresa, ao começar a chegar os alunos me dei conta de que era outra poltrona (uma a frente do meu lugar), pois se aproximaram duas garotas, que também ficaram surpresas pela presença de um pequeno intruso em seus lugares (eu era bem menor em estatura do que os demais jovens), mas não expressaram nenhuma reação hostil sobre minha pessoa (eram da oitava série), pelo contrário, sentaram-se junto comigo simpaticamente. 

           Feitas as apresentações, uma das garotas me atraiu a atenção por sua extrema beleza, sua voz, seu perfume (três pessoas em duas poltronas propicia uma proximidade única) enfim, parecia uma pessoa completa aos meus sentimentos e demais critérios de pessoa agradável. Ela possuía um charme único, que me encantou por completo! Durante as conversas pela Marginal Tietê, Pinheiros e região do Butantã, ela comentou que o irmão dela estava conosco na excursão dentro do segundo ônibus e que estava na quinta série também, porém, em nenhum momento falamos do nome dele, passou. 

          Foram os momentos mais agradáveis que tive em minha até então curta vida, que duraram até o ônibus parar na frente da escola estadual Professor José Maccagnan e nos despedirmos. Era uma quinta-feira, na sexta passei o dia comentando com meu amigo sobre a garota excepcionalmente linda que conheci e suas diversas qualidades, principalmente a inteligência dela! 

            Deixei bem claro para ele que se eu a apresentasse, não era para ele se interessar por ela que, na gíria daquela época era: "tirar o olho". Passadas algumas semanas, sempre aporrinhando o coitado do amigo sobre a garota (parecia o Charles Brown falando da garotinha ruiva), foi marcado pela professora de educação artística um projeto de teatro organizado em grupos, claro que ficamos juntos o meu amigo e eu, mais outros. Para o ensaio decidiu-se que faríamos na casa desse amigo, fomos, ensaiamos por uns três dias, sempre com o amigo falando que se bagunçássemos a casa a irmã pegava no pé dele (a irmã estava ausente pois era época de vestibulinho para entrada no "colegial"). 

            Passados alguns meses, já no ano de 1990, estávamos às voltas com trocas de gibis (havia um maior hábito de leitura nos adolescentes), e eu fui até a casa deste meu amigo para fazer uma permuta e, para minha surpresa quem atendeu o chamado no portão foi a garota dos sonhos! Não acreditei, perguntei o que ela fazia naquela casa e ela me disse que morava alí e que o meu amigo era o irmão mais novo dela!     

            Não houve palavras para expressar a surpresa... Quando terminamos a troca de gibis, comentei: “-Sabe a garota que lhe falei? É ela! A sua irmã! E agora?", ele respondeu: "- Se vocês se entenderem, para mim tudo bem!" Foi inacreditável! Parecia um capítulo de um conto de Bárbara Cartland ou da revista Sabrina! 
Continua...

3 comentários:

  1. Q fofo! Bárbara Cartland foi demais..rs
    Adorei conhecer mais um pouquinho da história de vcs!!
    Bjoooos = )

    ResponderExcluir
  2. Esse é meu titio...rsrsrrs uma linda historia real!!!Parabéns aos dois que pelo jeito simples de serem acabam sendo espelho aos demais (eu)

    ResponderExcluir